quinta-feira, 4 de março de 2010

Berreiro Velho – Urgente Intervir

Estava a passar os olhos pelo “Jornal do Barreiro”, eis senão que encontro uma notícia, que leva os Barreirenses a terem uma atitude de preocupação face ao mau estado do edificado da nossa terra, em especial o Barreiro Velho, da autoria de “Ana Lourenço Monteiro e Vanessa Sardinha”.
As referidas autoras, alertam que foi rejeitada, em 2009, uma candidatura do município do Barreiro ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) com vista a pôr em prática projectos de reabilitação da zona antiga do Barreiro, como resultado disso, encontram-se os projectos de reabilitação parados, segundo a Câmara do Barreiro, porque estavam abrangidos nesse Quadro de referência.
Segundo as autoras, é urgente uma intervenção, referindo ao mau estado bem como vários imóveis devolutos de degradados, não podia estar mais de acordo com esta afirmação.
Achei interessante a ideia de reabilitar, dando um fim diferente ao local, através de parcerias com construtores, conseguindo aproveitar espaços para “ateliês”, onde vários artistas poderiam aí expor as suas obras, uma ideia verdadeiramente interessante para o Barreiro Velho.
No artigo conseguimos depois fazer um “percurso”, em locais no Barreiro sobre os edifícios.

Transcrevo a noticia do “Jornal do Barreiro”:
“Um percurso em que o edificado fala por si
Antigo Asilo de D. Pedro V: Quem escolhe a rua José Relvas como porta de entrada no Barreiro Velho, depara-se com um edifício que está em fase de degradação. Com uma "história interessantíssima", que data de 1855, o antigo Asilo de D. Pedro V teve uma função social e de beneficência para o Barreiro muito importante, graças a D. Henriqueta Leonor Gomes de Araújo, mulher que se dedicou à recolha de crianças necessitadas. Com uma actividade regular até 1900, este asilo foi vendido em hasta pública, passou a pertencer a particulares e, neste momento, encontra-se à venda. Aprovado pela CMB, parece estar, segundo Rosário Vaz, um projecto para o local que envolve a construção de cinco vivendas. "A história deste asilo acaba aqui transformado em vivendas de habitação", comenta a guia desta visita.
 Largo Rompana: A Travessa do Alto do Hospital é um bom exemplo de recuperação de várias casas, por parte de particulares, tendo alguns tido o cuidado de preservar o estilo do Barreiro Velho. "Imaginação e bom gosto" foram os ingredientes para as intervenções realizadas junto ao Largo Rompana, espaço público que "está a perder as características originais", inclusivamente o seu chafariz. O local é habitualmente dinamizado, na época dos Santos Populares, pelo GABV. Diariamente serve, porém, de estacionamento aleatório de viaturas, em vez de servir de espaço de encontro e de convívio.
 Perigo de derrocada iminente: Uma casa que ardeu há cerca de uma década encontra-se em perigo de derrocada na Travessa da Graça, caso não se proceda a uma intervenção rápida, sobretudo na actual época de chuvas. Vários sinais de degradação como este aparecem junto ao Largo Rompana, como é também o caso de um telhado que chegou a um estado, talvez não recuperável, na Travessa de São Francisco. Não muito longe do Largo de Santa Cruz, há um prédio embargado há cerca de 10 a 15 anos, que cria uma imagem degradante em frente ao preservado Portal Manuelino.
 Largo de Santa Cruz e Largo dos Penicheiros: Há locais onde estiveram entidades importantes e que já ninguém sabe, ou só as pessoas mais velhas conhecem para poder contar às gerações seguintes. O Largo de Santa Cruz é exemplo de um espaço público onde não existe nenhuma identificação de por lá já ter passado a Câmara Municipal. Aos sábados de manhã, quinzenalmente, este largo continua a ser animado por um Mercado Biológico e uma Feira da Ladra, iniciativas organizadas pelo GABV.
 Escola Conde Ferreira: Este é outro marco histórico que data de 1870, um edifício enorme que começou com duas valências de ensino: uma para o sexo masculino e outra para o feminino. Em 1878, foi alargado o edifício para onde foram as raparigas; a última parte foi construída em 1941. Actualmente desactivada, a Escola Nº1 do Barreiro, poderá vir a ser uma Escola de Artes e Ofícios. Uma sugestão do GABV seria a Universidade da Terceira Idade poder ter ali a sua própria sede.
 Café Barreiro: Ao fundo da rua Conselheiro Joaquim António de Aguiar permanece o antigo Café Barreiro, actualmente em recuperação pela autarquia. Rosário Vaz considera que para recuperar toda a sua importância, necessário será este edifício ser ocupado de forma a ganhar vida. Em toda a extensão desta rua existe também um conjunto de prédios forrados a azulejo, cujas fachadas reclamam uma intervenção urgente.
 Casa da Cerca: Incluída na candidatura feita ao QREN, a Casa da Cerca é património da CMB e continua a ter a si destinada um projecto cujo fim consiste em construir uma residência para estudantes. Na esperança de não se perder esta ideia, que poderá trazer vantagens para os alunos do ensino secundário do Barreiro, este é um dos projectos em standby que aguarda o seu avanço por parte da autarquia.

Autor do Blogue: Não transcrevi o resto da notícia, porque a ideia que acho que devemos reter, é sem dúvida, que nos últimos 25 anos nada se fez, para intervir nos locais degradados e abandonados que todos os Barreirenses bem conhecem.
Os edifícios foram sendo abandonados à sua sorte, conforme os inquilinos foram saindo, o que resulta, numa maior degradação, de referir que estou de acordo quando as autoras da noticia acima transcrita, fazem menção ao tipo de pessoas que frequentam actualmente os espaços em causa, e normalmente conotadas com a toxicodependência.
Urgente intervir, se a Câmara não tem verbas suficientes, então ataque o problema de forma faseada, para que não deixe morrer aquele património que é de todos nós.
Creio que será uma boa altura para a Câmara do Barreiro, de agir, sob pena de ser acusada de estar à frente da gestão camarária à tantos anos, não tendo interesse em reabilitar estes espaços degradados.

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