quarta-feira, 24 de março de 2010

BULLYING

Ao procurar informação que interesse aos leitores deste Blogue, eis que descubro uma notícia no “rostos.pt”, que me chamou a atenção, por ser um assunto que está a ser debatido, na sociedade portuguesa, pelos motivos que bem sabemos, no entanto um pequeno reparo, até parece que a sociedade só agora descobriu o que se está a passar, temos andado a fingir não ver o problema, e para isso contribui o actual estatuto do aluno, que carece de revisão urgente. Sendo um problema que a todos afecta, eis um escrito que aborda o tema, de uma forma muito interessante.
Passo a transcrever a noticia em causa, na integra:

“Bullying… um Ringue de luta física e Psicológica.
Por Henrique Cardador
BARREIRO
Neste tipo de questões existem os culpados de sempre mas… não podemos culpar as famílias mono parentais (conheço muitas e os valores estão presentes), não podemos culpar o estrato social pois existem muitos estudos que nos mostram que este não é sinónimo da existência deste tipo de comportamentos.
Estava no consultório e uma paciente teve esta conversa com o filho.
Mãe: Ouvi dizer que um colega teu roubou os ténis novos a outro.
Filho: Não sei de nada.
Mãe: Não, de certeza?
Filho: Foi o A…
Mãe: E agora quem é que lhe vai pagar os ténis? // Quem é o A…?
Filho: É aquele que me bateu no refeitório...
Mãe: E agora quem é que lhe vai pagar os ténis?
Filho E ainda hoje me bateu.
Mãe: A Mãe do teu amigo vai ter de comprar uns ténis novos.
(Falei com esta mãe, como seria natural)
Este exemplo, diz-nos que o combate ao bullying começa em casa, este filho teve a coragem de dizer á Mãe o que está a passar na escola, e esta não entendeu a mensagem, o filho amanhã vai continuar a levar tareia no refeitório.
Até ao dia em que deixa de comer no refeitório, isola-se e... O agressor faz a vidinha dele descansadamente, perfeitamente impune, porque o que mais se ouve dizer é “Eu que não vi nada”. Querem convencer-me de que no refeitório não existia ninguém maior de idade? Quem o diz das duas uma: ou é mentiroso, ou pai do AGRESSOR.
Todos sabemos que hoje vivemos uma crise de valores familiares, falta de sentimento moral, falta de consciência moral.
Neste tipo de questões existem os culpados de sempre mas… não podemos culpar as famílias mono parentais (conheço muitas e os valores estão presentes), não podemos culpar o estrato social pois existem muitos estudos que nos mostram que este não é sinónimo da existência deste tipo de comportamentos.
Os pais já têm tantos problemas hoje em dia, que será natural não quererem mais uns que os filhos possam trazer para casa mas, imaginem a vida dos nossos filhos: ELES levantam-se de manhã a saber que quando chegarem á escola vão ser agredidos – será um sufoco tenebroso!
Imaginem-se a levar um tareia de 90 em 90 minutos e… o mais incrível é que ninguém sabe de nada, ninguém faz nada, ninguém vê nada, nunca...
As crianças dão-nos sinais como stress ao domingo, voltar a urinar na cama, querer aderir a desportos de defesa, ou violentos, não gostar de determinado dia da semana ou aula.
A campainha de saída é uma campainha de um ringue de BOXE, físico e psicológico.
Enquanto o Governo insistir em proteger os agressores, insistir em dizer que a Lei tutelar educativa é boa, temos de ser nós, e unicamente nós, a estar atentos a todos os sinais dos nossos filhos, para que os possamos proteger deste tipo de gente.”
Henrique Cardador
Membro da Comissão Politica do CDS-PP Barreiro

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